Perigos e Mitos do Botulismo no Palmito

16 de junho de 2008

Ao contrário do que se pensa, não é o vidro do palmito em conserva que transmite a doença. O palmito é extraído da palmeira - fase do descarte e corte; esta fase do corte é delicada, pois o vegetal tende a oxidar-se e desencadear sabor amargo. Em seguida retiram-se as folhas.

A parte externa do palmito possui o botulismo, e ao ser cortado passa a adquirir o esporo da bactéria. A toxina liberada pelos esporos é que são consideradas perigosas "toxinas botulínicas". Na realidade como é a parte externa do palmito que possui o botulismo, e considerando que a bactéria é anaeróbica, o simples contato com oxigênio, ou seja, o processo de oxidação, mata a bactéria.

A parte interna do palmito cru ou in natura, não possui a bactéria, portanto, o consumo de palmito in natura é o mais seguro, na forma de carpaccio, tiras finas como espaguete, ralado. Muitas vezes uma preparação contém palmito in natura ou mesmo em conserva e detecta-se a presença da bactéria botulínica; no entanto, vale lembrar que outros vegetais como a própria cenoura, e legumes cozidos no vapor ou água podem conter a bactéria. Para se ter a idéia do perigo de uma manipulação e cozinha sem preparo e segurança alimentar, a mistura de um vegetal cozido com ingredientes ou preparações ricas em teores protéicos e gordura podem servir de combustível para a proliferação dos esporos e toxicidade botulínica.


A fase posterior ao corte é a de higienização, cuja aplicação de substâncias a base de cloro devem ser questionadas sob o ponto de vista do conceito orgânico. O palmito sofre pasteurização até 90°C, temperatura suficiente para que a fibra não amoleça e mantenha a sua firmeza e fibrosidade. Em seguida é envasado em meio ácido.

O envasamento do palmito não mata as bactérias nem os esporos, o que impede a proliferação dos esporos é meio líquido acidificado contido no envasamento. Portanto, é um mito achar que o recomendado é ferver o palmito no próprio meio acidificado até 130°C, pois a temperatura de 80°C é suficiente para inativar os esporos. Nesta tecnologia de acidificação, podem ser adicionadas outras substâncias prejudiciais como conservantes e aditivos, como o glutamato.


O consumidor deve, portanto, observar os seguintes fatores: ler se o rótulo contém glutamato ou outros conservantes nocivos; somente comprar conserva cujo palmito estejam em cortes de 9,5 cm de comprimento no máximo, pois é mais garantido que acidificação do meio tenha atingido o centro do vegetal.


Quanto à cor rósea, pode indicar contaminação ou que a palmeira sofreu excesso de adubagem, pois o excesso de nitrogênio pode tornar a parte interna no palmito roxo.

Chef Reanto Caleffi



Retirado de: Nutrição Portal <http://www.portalgastronomia.com.br/Paginas/Artigos/visDetalhes.aspx?ch_top=82>

Nutricionista tem papel fundamental na terapia nutricional em pacientes com diabetes


As mais novas recomendações da ADA (Associação Dietética Americana) referentes à terapia nutricional (TN) fornecem aos pacientes com diabetes e aos profissionais de saúde informação científica suficiente dos benefícios desta terapia, tanto na prevenção quanto no tratamento do diabetes. Por isso, as orientações foram divididas em três níveis: primário, secundário e terciário. O primário está voltado para a prevenção do diabetes: recomenda-se nesta fase utilizar a TN e intervenções de saúde pública em pacientes obesos e pré-diabéticos; o secundário direciona para a prevenção de complicações: usar a TN para o controle metabólico do diabetes; o terciário envolve a prevenção de morbi-mortalidade, como fazer uso da TN para minimizar e controlar as complicações do diabetes.

Para cada um destes níveis as orientações estão detalhadas. Para a prevenção primária, por exemplo, está mantida a recomendação de que os indivíduos em risco de desenvolver diabetes tipo 2 sigam um programa que enfatize a mudança de hábitos, incluindo perda da peso moderada (7% do peso corpóreo) com atividade física regular (150 min/semana) associada à redução de calorias e gorduras na alimentação. Um alerta da ADA é que os dados disponíveis na literatura são insuficientes para afirmar que uma dieta contendo alimentos com baixo índice glicêmico reduza o risco de desenvolver diabetes. Mas, caso estes alimentos sejam ricos em fibras e outros nutrientes importantes para uma boa saúde, seu uso pode ser promovido.

As dietas com baixo nível de carboidrato ou gordura como programa de emagrecimento podem ser realizadas por períodos curtos de até um ano. O importante é que se mantenha um planejamento de perda de peso estruturado para que não haja prejuízo à saúde humana. Outro aspecto apontado é que indivíduos com sobrepeso e com obesidade, resistentes à insulina, se beneficiam da perda de peso moderada.

Para os que já são diabéticos, pertencentes ao nível de prevenção secundária, a associação orienta que o uso de substitutos do açúcar sejam utilizados com segurança, consumidos dentro de limites aceitáveis. Neste nível de prevenção é verificado que o índice glicêmico dos alimentos traz um benefício maior quando os carboidratos totais são avaliados isoladamente.

No nível de prevenção terciária são recomendados, por exemplo, para o tratamento e controle do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, em indivíduos normo ou hipertensos, a redução de ingestão de sódio para 2,3 g/dia acompanhada de uma dieta rica em frutas, vegetais e produtos lácteos com baixa quantidade de gordura, pois fazem baixar a pressão arterial.
“A pesquisa foi feita na literatura a partir de 2000, baseada nos níveis de evidência de acordo com a própria ADA. Isso faz com que as diretrizes das recomendações sejam baseadas nas melhores evidências científicas disponíveis”, explicam os autores. “É importante que todos os membros da equipe multidisciplinar que cuidam destes pacientes tenham o conhecimento da terapia nutricional, porém cabe ao nutricionista coordenar os cuidados nutricionais”, concluem.

Referência(s)
American Diabetes Association, Bantle JP, Wylie-Rosett J, Albright AL, Apovian
CM, Clark NG, Franz MJ, Hoogwerf BJ, Lichtenstein AH, Mayer-Davis E, Mooradian
AD,Wheeler ML. Nutrition recommendations and interventions for diabetes: a position statement of the American Diabetes Association. Diabetes Care. 2008;31 Suppl 1:S61-78.

Retirado de: Nutritotal - <http://www.nutritotal.com.br/notas/?acao=bu&id=327>

 
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