Probióticos, prebióticos e simbióticos

27 de maio de 2008

Probióticos são microorganismos vivos que atuam no intestino humano trazendo benefícios ao consumidor. Estes microorganismos não são patogênicos e oferecem ação protetora para a flora intestinal. Alguns exemplos são os diferentes tipos de bifidobactérias, lactobacilos, entre outros.

Para ser considerada probiótico, a bactéria deve aderir à mucosa intestinal, ser estável no suco gástrico e bile, ser capaz de excluir ou reduzir a aderência de enteropatógenos, ser capaz de multiplicar-se, produzir ácidos, peróxido de hidrogênio e bacteriocinas contrárias ao crescimento de patógenos.
Os probióticos são encontrados em formulações vendidas comercialmente, como nos sucos de frutas, suplementos em pó e em preparações lácteas. A indústria de laticínios utiliza com muita freqüência os lactobacilos e as bifidobactérias nos seus produtos, entre eles iogurtes, leites fermentados e queijos.

Os probióticos já são utilizados há muito tempo na alimentação. Em 1907, a Teoria de Metchnikoff (Teoria da Longevidade) mostrou a importância dos lactobacilos para a saúde do homem. Por isso, encontramos atualmente produtos contendo probióticos em todo o mercado mundial. O Japão é o país que apresenta a maior variedade destas formulações, embora no Brasil iogurtes e leites fermentados com culturas probióticas sejam facilmente encontrados.

A incorporação destes microorganismos ao produto não altera o sabor, nem a textura e podem ser utilizadas culturas únicas ou associadas. Para apresentarem benefícios ao consumidor, os probióticos devem alcançar populações de bactérias acima de 106 a 107 ufc (unidades formadoras de colônias) /g ou ml viáveis no momento do consumo do produto. Estas bactérias devem estar bem definidas, pois os efeitos dos probióticos são específicos para determinadas cepas em especial, como Bifidobacterium animalis cepa DN 173010 e Lactobacilus casei cepa DN 114001.
Os prebióticos são ingredientes alimentares que não são digeridos pelo trato gastrintestinal e que promovem o crescimento de bactérias benéficas ao organismo humano, como bifidobactérias e lactobacilos. Além disso, servem de substrato preferencial para o crescimento dessa flora não patogênica. Os prebióticos são oligossacarídeos derivados da galactose, maltose, xilose ou frutose, podendo ser encontrados naturalmente no alho, aspargo, cebola, chicória, entre outros vegetais.
Para ser classificado como prebiótico, é preciso que haja estímulo ao crescimento e/ou atividade de bactérias específicas presentes do cólon, onde ocorrem a fermentação e a geração de ácidos graxos de cadeia curta. Esses ácidos graxos reduzirão o pH do lúmen intestinal, inibindo o desenvolvimento de bactérias patogênicas, como Escherichia coli, Clostridium sp. e Salmonella.
Os simbióticos são caracterizados pela mistura de prebióticos e probióticos produzindo efeitos benéficos ao hospedeiro, como a melhora do balanço da microflora intestinal.
Autora: Tatiana Olivato Carvalho

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